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21
Jun
2015
Sinto que estou deixando de existir: Uma jornada de volta para si

Sinto que estou deixando de existir: Uma jornada de volta para si

Sentir que se está deixando de existir é uma experiência profunda e, paradoxalmente, comum. Não se trata de um desaparecimento físico, mas de uma perda de conexão com a própria essência, uma diluição da identidade, dos desejos e do propósito de vida. Se essa sensação ressoa em você, saiba que não está sozinho; muitas pessoas vivenciam esse vazio em diferentes fases da vida.

Essa crise existencial se manifesta de diversas formas. Pode ser uma apatia e desinteresse por coisas que antes traziam alegria, uma despersonalização onde a pessoa sente-se estranha para si mesma, ou um vazio existencial persistente que questiona todo o sentido da vida. O isolamento social progressivo, a anedonia (incapacidade de sentir prazer) e uma fadiga crônica que dificulta até as tarefas mais simples, são outros sinais comuns desse estado.

As raízes desse sentimento são variadas e, frequentemente, múltiplas. O estresse crônico e o burnout, por exemplo, esgotam a energia vital, desconectando-nos de nossos desejos mais profundos. Transições de vida significativas, como o fim de um relacionamento, a perda de um emprego ou o luto, podem desorientar e gerar questionamentos sobre quem somos sem esses pilares. A falta de propósito ou sentido também contribui, pois a ausência de algo que nos impulsione pode levar à estagnação. Traumas não processados do passado podem causar um entorpecimento emocional, enquanto condições de saúde mental como depressão e ansiedade podem distorcer a percepção de si e da realidade. Além disso, uma rotina monótona sem novos estímulos e uma autocrítica excessiva que diminui a autoestima podem corroer a sensação de valor e pertencimento.

Para trilhar o caminho de volta e reconstruir o eu, alguns passos são essenciais e podem ser iniciados hoje mesmo. O primeiro é validar seus sentimentos, aceitando o que sente sem julgamento ? é fundamental entender que é normal não estar bem em certos momentos. Em seguida, busque o autoconhecimento, perguntando-se o que te trazia alegria antes e quais são seus valores; retomar hobbies antigos pode reacender essa chama. Comece a estabelecer pequenas metas realistas, como uma caminhada curta ou ligar para um amigo; cada pequena conquista reforça a sensação de presença e capacidade.

É crucial também cuidar do seu corpo, pois alimentação saudável, sono adequado e exercícios físicos são pilares para o bem-estar mental. Mesmo com a vontade de se isolar, tente reconectar-se socialmente com pessoas que te fazem bem e oferecem apoio. Busque atividades que estimulem seus sentidos e criatividade, como ouvir música, pintar ou passear na natureza. Por fim, se o sentimento persiste e se torna avassalador, considere buscar apoio profissional. Um psicólogo pode ajudar a explorar as causas e a desenvolver estratégias eficazes para resgatar sua identidade e propósito.

Sentir que está deixando de existir é, no fundo, um alerta. Um convite para olhar para suas necessidades mais profundas e para a sua essência que é valiosa e merece ser cuidada. Lembre-se: essa sensação é uma fase, não um destino final. Você tem a capacidade de se reencontrar e florescer novamente.

Rodrigo Lolatto - Psicólogo da Terapia Online Oficial

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